06/12/2024 as 13:24

REFORÇO

Vereador Sargento Byron reforça importância de retificação do edital do Concurso da PM/SE

Colocar todos os aspectos em um mesmo condicionante, onde nenhuma pessoa com deficiência pode ser policial militar, é um exagero e está em total discordância com as novas práticas da nossa sociedade

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Vereador Sargento Byron reforça importância de retificação do edital do Concurso da PM/SE
Com as últimas notícias divulgadas sobre o concurso da Polícia Militar do Estado de Sergipe, o vereador Sargento Byron - Estrelas do Mar (MDB) aproveitou o espaço na tribuna na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para reforçar o assunto já pautado em sessão.
 
"Logo que o edital foi publicado, trouxe a esta Casa o questionamento sobre a ausência de vagas para pessoas com deficiência. A partir de então, recebi alguns questionamentos acerca da natureza do serviço, se caberia pessoas com deficiência participarem deste certame. E , enquanto policial militar, consigo afirmar que sim! Durante os 23 anos na ativa, vi , no decorrer do serviço, diversos policiais serem realocados, seja para área administrativa, quanto para diversos outros setores da PM. Quando falamos em deficiência precisamos ter conhecimento sobre a fala. Uma pessoa com deficiência auditiva unilateral, por exemplo, o que a impediria de estar na polícia?", pontuou o parlamentar após os diálogos sobre a Justiça de Sergipe suspender os editais dos concursos para cargos de soldado e oficial da PM, por falta de vagas para pessoas com deficiência (PcD).
 
O vereador aproveitou para pontuar os avanços que esta decisão representa para toda sociedade: "Há apenas 39 anos, houve o ingresso de policiais femininas no quadro da nossa PM, uma instituição com 190 anos, podemos dizer. Seguimos avançando quando falamos em gênero, e isso se aplica a todo o serviço da Segurança Pública. Estou na torcida para que haja a retificação do edital, pois sei que a expectativa dos concurseiros é enorme, não podemos reduzir este preparo, não é justo. Reforço aqui, também, que sabemos que existem condições físicas e motoras que podem, sim, impossibilitar a execução plena de determinadas atividades, mas esse esclarecimento é passível de edital, é preciso que busquemos conhecer as especificidades e individualidades asseguradas por lei. Por isso, reforço que a Polícia Militar é gigante e vai além do serviço ostensivo, temos policiais em banda oficial, RH, quadro médico, administrativo, isso tudo valoriza ainda mais a profissão. É preciso nos posicionarmos, eu não faria diferente. É preciso refletir sobre a causa e avançarmos sempre !", reforçou Byron.
 
Complementando a fala do parlamentar, o vereador Elber Batalha (PSB ) também ressaltou a importância e legalidade das vagas: "aproveito a oportunidade para parabenizar o vereador Byron pela serenidade e coragem, enquanto também militar, em trazer a pauta a esta Casa. Há a necessidade de diferenciar os tipos de deficiência, pois acredito que o equívoco do Comando da PM/SE foi generalizar o quadro. Quando falamos em deficiência monocular, assim como deficiência auditiva unilateral, por exemplo, são deficiências claramente compatíveis com as atividades do policial militar, incluindo o policiamento ostensivo. Colocar todos os aspectos em um mesmo condicionante, onde nenhuma pessoa com deficiência pode ser policial militar, é um exagero e está em total discordância com as novas práticas da nossa sociedade. Entendo que o militarismo tenha uma história de conservadorismo, mas é preciso este novo olhar", concluiu.