27/04/2021 as 08:45

SAÚDE

Covid-19: Sergipe tem 807 pessoas internadas

O total de leitos da rede privada mais o Ipes é de 183 leitos de UTI e 228 de enfermaria.

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As internações em leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) superaram o total das dos leitos de enfermaria em Sergipe. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES) do último domingo, 25. São 222 pessoas internadas em UTI e 215 em enfermaria. Vale frisar que a rede pública tem 226 leitos de UTI e 322 de enfermaria. Na rede particular de saúde, estão internadas 186 pacientes em UTI e 184 em enfermaria. O total de leitos da rede privada mais o Ipes é de 183 leitos de UTI e 228 de enfermaria.

Ao todo, são 807 pessoas internadas em hospitais públicos e privados, sendo 408 em leitos de UTI e 399 em leitos de enfermaria. O boletim mostra ainda o elevado número de novos casos e mortes – que foram, respectivamente, 706 novos casos de Covid-19 e outras 22 mortes. Além do aumento de casos, os dados apontam que 37 pessoas esperam por um leito de UTI na rede pública e oito na rede privada.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a maior exposição ao vírus Sars-COV-2 tem feito crescer, entre a população de 20 a 49 anos, o número de casos da Covid-19, alguns com a forma mais grave da doença. Tomando como parâmetro o mês de julho de 2020 e o recorte temporal de 15 março a 15 de abril de 2021, períodos em que se registrou o crescimento da curva de contágio, observa-se, principalmente, um aumento no número de óbitos entre os pacientes jovens. Ainda segundo a SES, de acordo com a série histórica compilada na Base de Dados Covid-19 em Sergipe, em julho de 2020 ocorrem 21.259 casos da doença, com 101 óbitos.

Entre 15 de março a 15 de abril deste ano, embora o número de casos confirmados tenha sido menor, com 17.215 ocorrências, o número de óbitos foi maior: 118. Ou seja, foram 17 mortes a mais entre a população de 20 a 49 anos na comparação entre os dois períodos mais críticos da pandemia em Sergipe. Na avaliação do diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), infectologista Marco Aurélio Góes, vários fatores explicam o cenário, mas destaca como o mais importante a exposição maior dos jovens ao vírus, seja por questões de trabalho que os obrigam a se deslocarem por vários ambientes, seja porque resistem às medidas restritivas e desprezam o isolamento social, insistem em festas clandestinas e outros tipos de aglomerações, muitas vezes não usando máscara. “Também é fator propulsor do aumento de casos nas pessoas jovens as novas linhagens do vírus que circulam no Estado. O predomínio das novas variantes, principalmente da P1, que tem uma maior transmissibilidade e pelo que se tem visto, também causa maior agravamento da doença, contribui para este cenário”, considerou o diretor.