27/09/2019 as 17:38
É PRECISO COMPREENSÃOAlém da falta de boa iluminação para qualidade da obra, durante à noite as máquinas que trabalham no recapeamento poderiam atrapalhar o bem-estar dos moradores da região e ainda aumentar em 30% os custos do serviço
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Diante do congestionamento causado na avenida Beira Mar e entorno nos últimos dias, devido à obra de recapeamento asfáltico do corredor viário no local, a população está veementemente questionando o porquê de o serviço não estar sendo realizado à noite, quando o fluxo de veículos é menor. A insatisfação tem sido generalizada entre as pessoas que precisam passar pelo local, e a pergunta tem sido a mesma: por que não durante à noite ou madrugada?
Ocorre que existem algumas situações importantes que tornam inviável a realização do recapeamento asfáltico à noite, e elas foram explicadas diretamente pelo prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira. “Há o barulho das máquinas, há a necessidade de inspeção do trabalho e, principalmente, o custo, que encareceria a obra em cerca de 30%. Estamos falando de uma obra de R$ 10 milhões, então, um acréscimo de 30% representa R$ 3 milhões a mais”, frisou o prefeito.
A obra não pode deixar de ser feita, ainda que para isso gere alguns contratempos para a população. No entanto, o prefeito destaca a necessidade de realizar melhorias para a cidade e, consequentemente para a população.
“As obras de recuperação das avenidas de Aracaju são fundamentais para a cidade, uma vez que o pavimento é muito antigo e apresenta muitos problemas. Por isso, estabelecemos como uma das nossas prioridades o recapeamento. O asfalto antigo é retirado e dá lugar a uma camada nova. É um trabalho muito bem feito, que gera transtornos, mas sabemos que os benefícios serão muito maiores”, afirmou.
Somente em casos que requerem urgência ou em situações atípicas, a Prefeitura de Aracaju executa serviços de recapeamento à noite, o que não é o caso, por exemplo, dos serviços recém iniciados nas avenidas Francisco Porto e Gonçalo Rollemberg Leite (Nova Saneamento), e das obras da Beira Mar e da Euclides Figueiredo.
A iluminação também é um dos quesitos importantes que podem influenciar na qualidade das obras de recapeamento. Se fosse realizada durante à noite, dificultaria a visibilidade e poderia causar prejuízos no acabamento do asfalto e em diversas instalações, especialmente das redes de drenagem. Além da preocupação técnica com a execução da obra, há o receio em não incomodar a população que reside no entorno dos locais onde são executadas. A Lei Municipal 2.410, de 17 de junho de 1996, proíbe qualquer emissão de ruídos que atrapalhem o bem-estar dos cidadãos. Se fosse possível realizar o trabalho noturno, o barulho das máquinas ultrapassaria os decibéis permitidos na legislação, resultando em multas.
De acordo com o presidente da Emurb, Sérgio Ferrari, apesar de todo o transtorno que obras como essas podem causar, o benefício, ao final, é bem maior. “As avenidas Francisco Porto e Nova Saneamento, por exemplo, nunca foram recapeadas. São cinco quilômetros de vias recebendo novo asfalto”, garantiu.
Deste modo, para minimizar os transtornos temporários, a Prefeitura mantém, nas avenidas que estão sendo recapeadas, agentes de trânsito para orientar condutores e pedestres.
|Reportagem: Laís de Melo (com informações da PMA)
||Fotos: André Moreira