Cerca de 500 bares e restaurantes não reabrirão no dia 19 em Sergipe

Foi anunciado nesta última quinta-feira, 13, pelo governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, a retomada do setor de bares, restaurantes, lanchonetes e sorveterias a partir do dia 19 de agosto. Apesar da possibilidade de retorno com 50% da capacidade dos locais, muitos estabelecimentos sequer reabrirão, pois não suportaram os cinco meses de isolamento e fecharam as portas definitivamente.

A informação é do presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Augusto Carvalho. Inclusive, ele conta também que o setor registrou cerca de 5 mil demissões durante o período de quarentena em Sergipe.

Por outro lado, Augusto garante que os estabelecimentos estão preparados para o retorno, com segurança. “Estamos há mais de três meses treinando o protocolo para retomada. Os associados da Abrasel fizeram cursos sobre as adaptações que serão realizadas, a exemplo da utilização do álcool gel, protetores faciais, máscaras”, garante o presidente.

Sobre as normas estabelecidas pelo governo do Estado, Augusto aponta algumas situações das quais julga desnecessárias, e pede que sejam discutidas entre a categoria e o governo.

“Não estamos entendendo a norma de abrir padarias de 7h às 10h, e depois fechar para reabrir somente às 12h. Precisamos sentar para discutir isso com o governo, porque será gerado uma despesa desnecessária. A não ser que eles saibam de coisas que não sabemos, como por exemplo: o vírus se desenvolve mais nesse horário, por isso que deverá ficar fechado? Se for por esse motivo, tudo bem”, aponta.

Outra normal apontada por ele é quanto ao fechamento dos estabelecimentos às segundas-feiras para desinfecção. “Essa desinfecção tem que ser feita todo dia. Assim que o cliente sair da mesa e da cadeira tem que limpar. Não tem sentido fechar a casa por um dia inteiro. Queremos entender essas normas”, disse.

A Abrasel já solicitou uma reunião com o Procurador Geral do Estado de Sergipe, para que essas normas citadas pelo presidente da associação, possam ser discutidas e reformuladas. Enquanto isso, ele cita que há uma expectativa muito grande dos empresários pela reabertura.

“Depois de praticamente cinco meses fechados, os empregados estão à disposição das empresas, e as expectativas são as maiores possíveis, para começar a faturar e pagar os impostos e pagar os empregados. Infelizmente muitas casas não vão reabrir. E a cada vez que adia um dia, mais difícil fica”, ressalta.

A assessoria de comunicação do Governo de Sergipe informou ao JORNAL DA CIDADE que foi estabelecido um prazo maior para a reabertura dos restaurantes justamente pensando em dar possibilidade à Abrasel para reajustar as normas de protocolo adotadas pelo governo. 

“Se a Abrasel desejar fazer alguma alteração ou algum ajuste no protocolo, o Governo está à disposição e pronto para dialogar”, assegura a assessoria.

|Da redação do JC Online

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