09/09/2020 as 11:49

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População pode acompanhar fila de espera para consultas no Portal Saúde de Aracaju

A ordem de acesso aos procedimentos obedece critérios de gravidade e risco individual dos casos. Veja abaixo como funciona

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O Portal da Saúde, lançado em agosto deste ano pela Secretaria da Saúde de Aracaju (SMS), coloca à disposição diversos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como agendamentos de consultas, carteira de vacinação, resultados de exames, visualização de agendamentos de exames e a lista pública de espera para consultas e procedimentos.

De acordo com o coordenador de Tecnologia da Informação (TI) da SMS, Adson Gomes, no caso da lista pública de espera, a ordem de acesso aos procedimentos solicitados obedece aos critérios de gravidade e risco individual dos casos, divididos em Prioridade 1 (P1), P2 e P3, o que pode alterar o posicionamento do paciente, já que o sistema prioriza os casos que necessitam de maior urgência para atendimento.

Na P1, explica Adson, são situações clínicas que necessitam de um agendamento prioritário, com maior brevidade possível (até 60 dias); na P2, os que necessitam de um agendamento com razoável tempo de espera, uma vez que não altera significativamente a conduta ou prognóstico (até 120 dias); na P3, são situações clínicas cujo agendamento deve ser feito por ordem de antiguidade, por se tratarem de procedimentos de rotina (até 210 dias). Nos casos não enquadrados em nenhuma das prioridades acima, o solicitante deve encaminhar o paciente à urgência.

"A posição da pessoa na fila não é fixa, depende do protocolo clínico que é aplicado em cima do caso do paciente. O protocolo determina o nível de prioridade, o um, que é a mais urgente, a dois, que é intermediária, e a três, que não tem urgência e pode aguardar mais tempo. Com base nisso, ele recebe o número da fila. Digamos que o sistema tem dez ofertas por dia e a pessoa está na posição cinquenta como prioridade três; podem chegar pessoas com prioridade um e dois e essa pessoa dá três pode cair na fila para 60, 80, 100. A posição da fila depende da necessidade dos pacientes que estão fazendo a solicitação do procedimento. Às vezes, há exames que precisam ser realizados em um pequeno espaço de tempo, então, essas pessoas passam na frente", explica o coordenador.

Ao clicar na Lista de Espera, afirma Adson, qualquer pessoa pode ter acesso. Ao abrir o sistema, há opções para pesquisa individual, onde se coloca os dados de identificação, ou pesquisa geral; na pesquisa geral, a pessoa vai escolher qual é a categoria do profissional médico ou qual é o procedimento que se quer para acompanhar a fila como um todo. Ele carrega uma tabela e nessa tabela a primeira coluna é a posição da fila. Só que nessa posição estão as pessoas que tiveram seus quadros clínicos avaliados, a depender do status que apareça na consulta".

O coordenador diz ainda que há situações que não ocorre filas, mas isso varia de acordo com o tipo de procedimento. "Existem procedimentos que não têm fila e outros que são mais buscados pela população quando a procura é pouca e a oferta é maior, mas há procedimentos que têm fila pequena, porque a procura é a mesma coisa da oferta, e tem procedimento com pouca oferta e muita procura. Não tem um padrão. Para cada procedimento existe um tempo", esclarece.

Adson lembra que as pessoas que estão na fila de espera são da atenção especializada, para procedimentos de média e alta complexidade, que não é ofertado na rede básica de saúde. "Todas elas passam primeiro pela Central de Regulação. A atenção especializada não pode ser acessada diretamente. Isso porque, obrigatoriamente, a população tem que passar pela rede de atenção primária ou rede básica. Então, a pessoa vai até um posto de saúde e se consulta; havendo a necessidade de algum serviço que não poder ser efetuado dentro da atenção básica, aí o profissional médico do posto encaminha o paciente para a atenção especializada, solicitando o procedimento e incluindo-o na fila. Não há como a pessoa agendar sozinha, tem que passar pela atenção primária primeiro", frisa Adson.

|Foto: André Moreira