18/02/2025 as 13:35
MEIO AMBIENTEPrática acontece para fins de controle e segurança
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A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) autorizou a poda da vegetação invasora na região das praias de Atalaia e Aruana. A prática acontece através do Departamento de Controle Ambiental (DCA), para fins de controle e segurança.
De acordo com Emanuela Carla, analista do DCA, é preciso estar atento ao manuseio e controle das espécies exóticas. “Quando essas plantas exóticas são bem manejadas, elas crescem sem causar danos à população. Mas é importante ficar atento, já que a falta de manuseio e controle, pode causar uma liberação de hormônios que impedem o crescimento de outras espécies vegetais, o que chamamos de alelopatia. Além disso, a perda de abrigos de fauna e modificação no solo podem também podem ser consequências dessa falta de manutenção”.
Emanuela explica que para definir quando intervir, a Sema faz uma avaliação do estado da árvore, identificando os possíveis conflitos com as edificações e os impactos negativos no meio ambiente. Após essa análise, é decidido sobre qual a melhor possibilidade para aquele cenário. “A Sema tem um protocolo de avaliação, onde realizamos uma análise técnica do que pode ser feito em locais de invasão. A partir do resultado dessa análise, nós decidimos qual abordagem deve ser realizada no local. Em alguns casos, pode ser adotada a compensação ambiental, com o plantio de espécies nativas ou mudas doadas pelo Horto Municipal”, ressalta.
Plantas Nativas X Plantas Exóticas
Em Aracaju, as principais nativas são: Ipê (Handroanthus sp.), craibeira (Tabebuia aurea), pau-brasil (Paubrasilia echinata) e o cajueiro (Anacardium occidentale). Já as exóticas mais encontradas são, o ficus (Ficus benjamina), neen (Azadirachta indica), mata-fome (Pithecellobium dulce), flamboyant (Delonix regia) e leucena (Leucaena leucocephala).
Invasão Biológica ou Bioinvasão
A Secretaria do Meio Ambiente informa que a Bioinvasão acontece quando uma planta é levada até um território novo, de onde ela não é natural. Então, essa espécie se instala e se prolifera rapidamente. Nos casos mais delicados, ela causa danos econômicos, modifica o ambiente e compete com as espécies nativas, que podem até ser extintas. Esse cenário de invasão biológica ou bioinvasão acontece com frequência nas zonas litorâneas.
Ascom/Sema