27/08/2018 as 12:59
CulturaA mostra segue até o dia 15 de setembro
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
No mês em que a Lei Maria da Penha completa 12 anos, a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), em parceria com o departamento do curso de Museologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), inaugura a exposição ‘E Se Esse Corpo Fosse o Meu?’, no dia 31, às 14h. A mostra segue até o dia 15 de setembro, no Centro Cultural de Aracaju, com entrada franca e classificação 14 anos.
A exposição abordará questões da atualidade, além de dados reais e depoimentos das vítimas sobre a violência contra a mulher, através de três tipos de violências recorrentes no Brasil: o assédio sexual, o estupro e o feminicídio. “É resultado de uma pesquisa que tem como objetivo ser um canal de conscientização, apoio e incentivo à denúncia, considerando a percepção sobre o tema pela visão de ambos os sexos, no que fere as diferentes socializações, vivências e experiências”, ressalta a universitária do curso de Museologia e uma das organizadoras da exposição, Ana Cláudia Vieira de Jesus.
A mostra tem como público alvo pessoas a partir dos 14 anos. “Compreendendo que nesta fase há o início de diversas responsabilidades, que envolvem as relações sociais, morais e éticas. Mas, é permitido e necessário a circulação da população como um todo, pois este tema deve ser abordado e debatido em diversas ramificações e classes sociais”, pontua Ana Cláudia.
Segundo a universitária Lorenna Sayonara de Jesus, o projeto nasce através da disciplina Expografia II, sob a orientação professora Priscila Maria de Jesus, do departamento de Museologia da UFS. “Este estudo permite que os discentes desenvolvam um trabalho que traga à tona relatos reais, que incentivem a denúncia não só por parte das vítimas, mas como das pessoas que presenciam a violência. É o nosso papel de conscientizar e chamar atenção da população para este tema”, comenta.
O visitante terá a oportunidade de ter acesso aos dados oficiais a respeito da violência contra a mulher, tanto a nível nacional quanto local, além de conferir situações que estimulem a empatia com as vítimas, reforçando a ideia de não culpabilização das mesmas. “A exposição contará também com um áudio divulgado pela Polícia Militar de Santa Catarina, onde é possível ouvir gravações de ligações reais de ocorrências relacionadas ao tema da exposição”, detalha Lorenna Sayonara de Jesus.
AAN