18/02/2025 as 13:52
PROBLEMAS AMBIENTAISDeputada também criticou a destruição ambiental provocada por grandes obras e a falta de participação popular na composição do Conselho Estadual de Meio Ambiente de Sergipe
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A deputada Linda Brasil chamou a atenção para a realização da 5ª Conferência Estadual de Meio Ambiente (COEMA), que ocorrerá nesta quarta-feira, 19, no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), durante a Sessão Plenária da Assembleia Legislativa (Alese), nesta terça-feira (18).
O evento contará com a presença de delegadas e delegados eleitos nas etapas municipais e intermunicipais. “Será um momento importante para debater alternativas que combatam o agravamento da crise climática e preparem as cidades e estados com medidas adaptativas para diminuir os impactos dos efeitos da emergência climática, principalmente, para as populações mais vulnerabilizadas ou que dependem da natureza para sua reprodução”, afirmou a parlamentar.
A Conferência Estadual é parte da preparação para a 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, prevista para maio em Brasília, cujo tema será “Emergência Climática – o desafio da transformação ecológica”. Os debates abordarão eixos como mitigação, adaptação e preparação para desastres, justiça climática, transformação ecológica, governança e educação ambiental.
Linda alertou sobre as principais causas do agravamento da crise climática no país. “No Brasil, o principal responsável pela intensificação do efeito estufa é o desmatamento, seguido pela emissão de gases pela agricultura e agropecuária e, em terceiro, pela queima dos combustíveis fósseis”, explicou. Ela defendeu medidas mais firmes para conter o desmatamento e incentivar a agroecologia. “Frear o aquecimento do planeta exige uma postura mais contundente contra o desmatamento, o incentivo à produção agroecológica de alimentos, de base camponesa e familiar, e, não menos importante, diminuir drasticamente a queima dos combustíveis fósseis”, destacou.
A deputada também criticou a destruição ambiental provocada por grandes obras, citando o caso da nova ponte a ser construída em Aracaju e a falta de participação popular na composição do Conselho Estadual de Meio Ambiente de Sergipe. “Não podemos mais tolerar que grandes obras sejam realizadas a partir da destruição dos manguezais, das florestas, dos biomas, da contaminação da água e da terra. Manguezais, florestas e os oceanos são aliados importantes na luta contra o aquecimento do planeta”, enfatizou.
Ela lamentou o Projeto de Lei 9.366/2024, que ampliou a presença de representantes governamentais no conselho. “Dois terços do Conselho Estadual de Meio Ambiente é de participação governamental. Apenas uma vaga é reservada para entidades ambientalistas não-governamentais, denotando uma hegemonia absoluta e desproporcional do Estado e dos membros governamentais”, alertou.
Por fim, Linda Brasil destacou a recomendação do Ministério Público de Sergipe para que o Governo reveja a composição do conselho. “É preciso ampliar a participação popular na construção da política ambiental de Sergipe”, concluiu.