11/11/2025 as 08:11
CÂMARA DE ARACAJUA CPI apura possíveis irregularidades na aplicação dos recursos arrecadados por meio de multas de trânsito entre os anos de 2017 e 2024.
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Por Fernanda Spínola
Durante a 10ª reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da SMTT, realizada nessa segunda-feira, dia 10, os vereadores aprovaram o requerimento nº 20/2025, que convoca duas ex-servidoras da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju: a ex-diretora administrativa e financeira Wilza Claudia Vaz Huerta e a ex-coordenadora orçamentária financeira Maraiza dos Santos, que atuaram entre os anos de 2018 e 2024. Elas deverão prestar depoimento na próxima segunda-feira, dia 17, às 10h, sobre o tema central da investigação.
A CPI apura possíveis irregularidades na aplicação dos recursos arrecadados por meio de multas de trânsito entre os anos de 2017 e 2024. A investigação busca esclarecer se houve desvios de finalidade na utilização das receitas e atrasos nas respostas a requerimentos da Câmara Municipal.
A vereadora Sônia Meire (Psol), suplente da CPI, destacou que a convocação das ex-gestoras é essencial para compreender a continuidade de práticas administrativas da antiga gestão e o uso de recursos da SMTT fora das finalidades previstas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “Precisamos saber se houve atraso nas respostas, se os pagamentos estavam regulares e se as receitas desvinculadas foram aplicadas de forma adequada”, afirmou.
A parlamentar observou ainda que cerca de 30% das receitas foram desvinculadas sem regulamentação formalizada por decreto, o que exigirá análise detalhada da comissão. “Nosso objetivo é garantir a melhor aplicação dos recursos públicos e propor medidas que evitem a repetição de erros administrativos do passado”, completou.
O presidente da CPI, vereador Sargento Byron (MDB), destacou que a oitiva das ex-servidoras é fundamental para entender como funcionavam os procedimentos financeiros e administrativos da SMTT em gestões anteriores. “É importante que a gente entenda como a gestão anterior operacionalizava as receitas e as despesas da SMTT. O requerimento dessas duas servidoras é de primordial importância para que possamos compreender como eram feitas as questões administrativas e financeiras da gestão anterior”, declarou. O vereador Flávio Lúcio (PL) elogiou a iniciativa da comissão. “Gostaria de parabenizar Vossa Excelência porque, diante de tanta dificuldade que tivemos para alcançar a realidade dos números, finalmente vamos ouvir alguém que atuou na gestão passada. É uma medida essencial, já que os servidores atuais muitas vezes não participaram das decisões daquele período”, disse.
Em resposta a Flávio Lúcio, o vereador Fábio Meireles (PDT) pontuou que a dificuldade no envio de documentos pela SMTT pode ser resultado de falhas técnicas ou de má vontade administrativa. “A SMTT não tem dono. A dificuldade de repassar a documentação é ou pela incapacidade técnica de enviar os documentos que apontem o que aconteceu entre 2017 e 2024 ou por má vontade”, criticou.