09/12/2024 as 10:35
VERÃODe acordo com o Dr. Daniel Lerario, clínico geral e endocrinologista, a principal função da vitamina D no organismo é regular os níveis de cálcio e fósforo no sangue, que são essenciais para a saúde óssea.
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A suplementação da vitamina D virou rotina para muita gente e tem sido recomendada há muitos anos, para diferentes faixas etárias. O hábito iniciado em países com inversos rigorosos, pouco a pouco atingiu também lugares mais quentes, chegando a países tropicais, como o Brasil. Em muitos casos as medidas são importantes, especialmente considerando os hábitos de vida atuais, com cada vez menos espaço para atividades ao ar livre e pouquíssima exposição ao sol.
No entanto, a chegada do verão sempre muda esta dinâmica e as viagens de fim de ano, férias na praia, os churrascos de final de semana ou o futebol com os amigos podem melhorar este cenário. Afinal, quais os riscos do excesso de vitamina D e por que é tão importante fazer uso correto da suplementação?
De acordo com o Dr. Daniel Lerario, clínico geral e endocrinologista, a principal função da vitamina D no organismo é regular os níveis de cálcio e fósforo no sangue, que são essenciais para a saúde óssea. “Esta vitamina também tem efeitos relevantes em funções musculares e imunológicas, prevenindo doenças.”
Especialmente no caso de pessoas com enfermidades crônicas, como osteoporose ou câncer, alguns grupos de pacientes devem receber suplementação de vitamina D mesmo sem a necessidade da dosagem, pois os benefícios de manter os níveis desta vitamina superam inclusive uma eventual superdosagem. Esta é uma das novidades da recente atualização das diretrizes lançadas pela Academia Americana de Endocrinologia. A recomendação de suplementar sem precisar dosar os níveis da vitamina no sangue não cabe para qualquer pessoa, mas apenas a alguns grupos específicos de pacientes.
O excesso da vitamina D pode desencadear elevação de cálcio no sangue, náusea, vômito, fraqueza, anorexia, desidratação e até insuficiência renal. Em casos extremos, podem ocorrer alterações neuropsiquiátricas, como confusão, pancreatite e bradiarritmia, que é a arritmia caracterizada por batimentos cardíacos lentos. Por este motivo, a orientação médica é sempre importante para que o paciente seja avaliado e a correta dose e modo de ingestão da vitamina sejam indicados.
Além da suplementação, é possível obter a vitamina D2 (ergocalciferol) na alimentação, orienta o Dr. Daniel. “Por meio do consumo de peixes e frutos do mar, ovo, leite e derivados, vegetais e cogumelos, além de suplementos”.
O nosso organismo também produz a vitamina D, sob a forma de vitamina D3 (colecalciferol), mas para que isso aconteça, é preciso que haja exposição da pele à luz solar, mais especificamente aos raios ultravioletas B (UVB) do sol, explica o especialista.