14/05/2025 as 14:04
SAÚDE MENTALPresença dos animais promove acolhimento, rotina e sensação de segurança aos pacientes
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Cada vez mais presentes no nosso dia a dia, os animais têm se consolidado como parte complementar no cuidado com a saúde mental. Cães e gatos são utilizados em processos terapêuticos para auxiliar no tratamento de transtornos como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático. A presença dos animais promove acolhimento, rotina e sensação de segurança aos pacientes, sendo recomendada por profissionais da psicologia e psiquiatria. Além de contribuir para o bem-estar emocional, a convivência com o pet pode estimular a empatia, reduzir a solidão e favorecer o vínculo social.
Diferente dos animais de serviço, como os cães-guia, por exemplo, os de apoio emocional não precisam de treinamento especial. Eles não executam tarefas, mas cumprem um papel essencial: o de estar ali como uma fonte de conforto e estabilidade emocional. Pessoas com transtornos como ansiedade, depressão ou síndrome do pânico se beneficiam muito dessa presença constante. E não é só a sensação, estudos comprovam que a interação com cachorros e gatos reduz o estresse, melhora o humor e até ajuda na produção de serotonina e dopamina, os famosos "hormônios da felicidade", como explica o psicólogo clínico, Carlos Eduardo.
Alessandra Gomes adotou Apolo e conta que ele é seu grande companheiro da vida. "Eu adotei na pandemia, mas antes disso já era uma pauta na terapia, a possibilidade de ter um animal de apoio emocional, por conta da minha ansiedade e crises depressivas. Inclusive, nas maiores crises, a responsabilidade de ter que alimentar e passear com Apolo era o que me tirava da cama", disse.
No caso de Dandara Deiró a indicação partiu da própria psicóloga. "A Ísis (cadelinha) chegou em um momento pontual, onde eu estava tendo um declínio da TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) com episódios depressivos. Essa mudança de rotina pela chegada dela com novos hábitos, novas responsabilidades, me trouxe um novo sopro de vida. Ísis tem seus horários de comer, brincar, ela gosta muito de carinho e me faz muita companhia - até no banheiro se eu deixar (risos). Dessa forma, eu tenho que me mover obrigatoriamente, sair da cama, do estado de apatia", contou Deiró.
De acordo com Carlos Eduardo, o vínculo com um pet pode sim oferecer um grande suporte emocional, especialmente em momentos de crise. Mas é importante lembrar que esse apoio não substitui tratamento psicológico ou psiquiátrico. "O animal pode ser um catalisador para o autocuidado, a criação de rotinas saudáveis e a sensação de companhia, o que já faz uma grande diferença. No entanto, é fundamental avaliar se a pessoa está em condições de assumir essa responsabilidade. Um pet exige tempo, atenção, paciência e recursos. É uma decisão que deve ser pensada com carinho e responsabilidade pela vida do animal também", enfatizou.
Se você tem interesse em adotar um pet, neste final de semana acontece a Campanha de Adoção do Programa Aju Animal, em parceria com ONGs e Protetores, no Shopping Riomar, das 16 às 20h. Serão 70 animaizinhos em busca de um novo lar, quem sabe seu novo companheiro da vida está por lá?!
Ascom Sema